sábado, 27 de setembro de 2008

2º Medida - A energia da Ondas


Portugal está a desenvolver um inovador e pioneiro projecto onde é aproveitada a força das ondas. O local escolhido situa-se ao largo da Póvoa de Varzim no parque de ondas ao qual foi dado o nome de Aguçadoura. O projecto tem como base uma nova tecnologia designada por Pelamis (nome de um cobra marinha). Estes Atenuadores, também designados por “Anaconda”, são longos e multi-segmentadas Estruturas cilíndricas, semi-submersas e compostas por secções ligadas por juntas articuladas, flutuam, orientadas paralelamente à direcção das ondas, fechadas nas duas extremidades e cheio de água. São ancoradas com a sua parte anterior voltada para as ondas em locais com profundidades entre 40 e 100 metros. Quando uma onda atinge o Anaconda, a gigantesca cobra de borracha (com 142m de compri mento e 3,5 metros de diâmetro, pesando cada uma aproximadamente 700 toneladas), cria uma espécie de onda interna que é tanto mais forte quanto maior for a onda que atinge o Anaconda, vai até o final da cobra de borracha, onde está instalada a turbina, fazendo-a girar. A electricidade produzida é transmitida para a costa por meio de um cabo. Em cada um dos três módulos de potência existem dois geradores com potência nominal de 125 kW. Cada máquina tem assim uma potência global de 750 kW. Segundo os cálculos dos seus inventores, um único gerador Anaconda deverá ter uma potência de 1 MW.

Aguçadoura é apenas um ponto de partida para uma série de projectos comerciais, que pretendem aproveitar o elevado potencial da costa portuguesa. Contudo, devido à fase ainda experimental desta tecnologia, o custo de produção de energia está ao nível da fotovoltaica e é quase quatro vezes superior ao da energia eólica. O equipamento terá o menor custo entre todas as formas já inventadas para explorar a energia das ondas ou das marés.

O governo português tem projectado para daqui a 15 anos, um funcionamento destes geradores em pleno por toda a costa, representando ¼ de toda a energia produzida, idêntica á actual percentagem para a energia eólica.
Este projecto é sem margem para duvidas mais uma esperança para a resolução dos problemas energéticos. Em termos estéticos fica até bonito uma parcela de costa guarnecida com aquele vermelho. Como antigo Marinheiro ocorre-me que eventualmente tais estruturas possam por em risco a navegação, ou mesmo as povoações ribeirinhas, claro está em caso de eventuais tempestades.


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