quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cerveja N´gola



N’gola é mais uma das cervejas Angolanas, de excelente qualidade, talvez diferenciada por ser fabricada com água captada na nascente da fenda da Tundavala. Só muito recentemente provei um destes exemplares, já que não se encontra com facilidade em Luanda. Já á algum tempo tinha ouvido falar nesta cerveja que muitos diziam que se chamava Cuca e que era diferente precisamente pela diferença da agua. Existe a variedade normal (clara) e preta esta ultima, uma recente aposta da marca, tem dado ainda mais notoriedade à marca.
Segundo precisou o Director Comercial da fábrica N´gola, Luís Salavisa, o nível de receita química da nova cerveja preta da marca, “enquadra-se dentro dos patamares de todas as cervejas pretas do mundo”, pois, leva três maltes diferentes da cerveja clara e o próprio lúpulo (denominação de um produto adicionado à fabricação da cerveja) também é ímpar em relação aos demais, “daí que vá surgir no mercado um pouco mais cara”. Esta cerveja contraria o normal paladar bastante amargo das cervejas pretas; a N´gola optou por criar uma cerveja diferente, com sabor mais adocicado e que deve ser consumida no tempo mais frio, porque não necessita de estar tão gelada quanto uma cerveja clara.

O slogan “Esta preta é mesmo boa” inscrito no rótulo da garrafa e já está a ser comercializada nos distintos pontos de revenda, como restaurantes e similares.

A fábrica de cerveja N´gola, baseada na cidade do Lubango, província da Huila, a única na região sul de Angola que existe há 34 anos, é das que têm maior notoriedade em Angola. A cerveja é produzida na Huíla (pelo grupo empresarial SAB), sendo uma referência no sul de Angola, onde estão os consumidores mais fiéis. Segundo eles a N’Gola é uma cerveja especial porque é produzida com a água especial que lhe dá um paladar tão diferente.

Nos últimos dois anos, a fábrica N´gola recebeu, consecutivamente, duas medalhas de ouro, anualmente atribuídas pelos grandes centros cervejeiros da Europa, onde concorrem variadas marcas produzidas mundialmente. A cervejeira N´gola, segundo os especialistas, distingue-se pela qualidade do seu produto, fabricado com água captada na nascente da fenda da Tundavala, cem por cento natural e tida como a ideal para a produção de cerveja. Daí a convicção do Director Comercial da empresa: “traremos mais uma medalha de ouro com esta cerveja preta porque ela é mesmo boa”.

Note-se que, na década de 80, a fábrica N´gola tentou lançar no mercado uma cerveja do género, que, contudo, não durou muito tempo. Luís Salavisa conta, com muita nostalgia, que, na altura, “o produto teve uma aceitação muito grande na província de Benguela, quando o intercâmbio entre províncias era feito por colunas militares devido ao contexto de guerra em que se vivia e aquela província só vinha abastecer-se quando na posse de informação de que havia cerveja preta na fábrica”.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Noncha




Mais um fruto tropical! Chama-se Noncha que é pouco apreciado em Angola. Ovalado, com uma pele fina amarelada que se rompe para mostrar a polpa da mesma cor. Não se pode trincar, só chupar e debruçado porque é sumarento como a manga e, se não tivermos cuidado, ficamos com nódoas.
A polpa, que arranhamos com os dentes e sugamos com a língua, depois de perder o sumo perante o ataque, ganha uma consistência parecida com uma esponja seca e aveludada. O caroço nem se vê coberto por essa pelagem, e é grosso.
Tive sorte: a minha primeira experiência com a Noncha foi agradável, pois apanhei uma doce e dizem-me que a maior parte das vezes é ácida. Também não gostam dela, os angolanos com quem falei, porque cheira mal. Este fruto amadurece numa árvore alta com copa larga de onde, ocasionalmente cai. Não sei se os colhedores o apanham do chão ou se trepam pelo tronco e ramos. Quem sobe a palmeiras, tem agilidade para todas as outras alturas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Calulu de Peixe (Identico a moamba de peixe)






Ingredientes:


500 grs de camarão descascado
1 dl de óleo-de-palma
1 kg de garoupa
5 quiabos
2 tomates maduros
2 beringelas
1 raminho de manjerona
sal q.b.
1 folha de louro
piripiri q.b.
2 cebolas
20 grs de farinha

Confecção:


Depois do peixe arranjado e lavado, corta-se às postas não muito finas.
Leva-se um tacho ao lume com a cebola picada, a beringela descascada e cortada às rodelas, o tomate sem peles nem sementes e picado, os quiabos cortados ao meio, piripri pisado, o molhinho de manjerona, a folha de louro, o peixe e os camarões.
Tape o tacho e deixe ferver um pouco.
A seguir adiciona-se água a cobrir e deixa-se cozer.
Quase no fim da cozedura, mistura-se a farinha desfeita num pouco de água, junte esta mistura ao preparado, agite o tacho para misturar e deixe engrossar o molho.
Sirva acompanhado com Angu de Banana (ver receita).

domingo, 4 de julho de 2010

Funge



Funge ou pirão é um acompanhamento culinário típico de Angola, confeccionado com farinha de milho ou de mandioca.

A farinha é cozida e mexida com muita frequência e de forma enérgica , para que se obtenha a consistência certa. A variante feita com milho adquire uma tonalidade amarela, enquanto que a confeccionada com mandioca apresenta uma cor acinzentada, com laivos de castanho. A consistência final assemelha-se, de certa forma, a uma cola, dado o seu carácter pegajoso.

Misturar farinha de milho e um pouco de bombó. Poe-se agua a ferver, num recpiente a parte faz-se uma papa aguada com farinha de milho, quando a agua estiver a ferver adiciona-se a farinha de bombó e vai-se batendo para não criar bolas, ate obter a consistencia desejada, baixa-se um pouco o lume e deixa-se cozer...

É usado como acompanhamento da moamba de galinha.

A palavra portuguesa funge é derivada do vocábulo fúngi, pertencente ao idioma Quimbundo.

Quizaca com Moamba de Ginguba




Ingredientes:

Meio Kilo de Kisaca(folhas de mandioca)
dois tomates maduros
uma cebola média picada
duas colheres de azeite doce
folha de louro
3 dentes de alho
pimenta preta
ginguba moída
vinagre para o refogado

Confecção:

Depois das folhas devidamente lavadas pisa-se depois de bem pisadas, ferve-se num tacho com água suficiente durante 20 minutos até secar.
Num tacho à parte faz-se um refogado com os ingredientes já mencionados.
Num outro tacho coze-se a ginguba moída até obter uma massa pastosa depois junta-se as folhas já cozidas e temperadas com alho, sal e pimenta ao refogado põe-se ao lume e vira-se muito bem depois junta-se a ginguba já cozida e pastosa torna-se a virar verificar o sal não se esquecer do vinagre no refogado.

Muzongué




Ingredientes:

1 kg de peixe fresco (goraz,ou pargo)
1 dl de óleo-de-palma
500 grs de batata-doce
250 grs de peixe seco (corvina etc.)
2 cebolas
2 litros de água +-
3 tomates
1 molho de espinafres cozidos
sal q.b.
gindungo q.b.


Confecção:

Põe-se a água ao lume com o óleo-de-palma, o tomate sem peles nem sementes e cortado aos bocados, a cebola cortada às rodelas finas e o sal. Deixa-se ferver um pouco.
De seguida juntam-se a batata-doce depois de descascada e lavada cortada aos cubos não muito pequenos e o gindungo pisado. Deixe ferver por mais 10 minutos.
Passado o tempo junta-se o peixe fresco cortado às postas e o peixe seco cortado aos cubos (caso o peixe seco esteja muito salgado convém pôr de molho durante 1 hora +-).
Depois de tudo cozido o que leva +- 10 minutos coloca-se numa terrina e serve-se acompanhado com os espinafres cozidos e farinha-de-pau e funge.


Para o funge:

300 grs de fuba de mandioca
+- 5 dl de água água

Leva-se um tacho ao lume com a água e deixa-se ferver.
Retira-se o tacho do lume e deita-se um pouco de água fria.
Junta-se a fuba, mexe-se muito bem e volta ao lume para cozer mexendo sempre durante +- 4 a 5 minutos.
Retira-se do lume e com uma colher de pau grossa bate-se mais um pouco.
Está pronto a servir.

Muamba de Peixe






Ingredientes:


300 grs de abóbora
250 grs de quiabos
1,5 kg de corvina ou garoupa
2 cebolas
2 beringelas
2 dentes de alho
sal q.b.
gindungo q.b.
2 dl de óleo-de-palma


Confecção:

Depois do peixe arranjado corta-se às postas.
Leva ao lume num tacho o óleo-de-palma, a cebola e os dentes de alho picados.
Assim que a cebola alourar um pouco, junta-se os quiabos cortados ao meio, assim como as beringelas descascadas e cortadas aos cubos e a abóbora aos quadrados. Deixa-se refogar um pouco mexendo. Adiciona-se um pouco de água e põe-se o peixe, o gindungo e tempera-se de sal.
Deita-se mais um pouco de água e deixa-se o peixe cozer (+- 10 min). Sirva acompanhada com funge.

Kissuto Rombo (Cabrito Assado)


Kissuto Rombo (Cabrito Assado)



Ingredientes:


3 dl de vinho branco
1 cabrito tenrinho
gindungo q.b.
10 dentes de alho
sumo de 2 limões
2 paus médios de loureiro
2 dl de azeite
sal q.b.
1 colher de chá de pimenta branca (fac.)

Confecção:

Depois do cabrito arranjado e lavado, abre-se ao meio e espalma-se, enfiando um pau da cabeça ao rabo, e o outro na barriga, formando uma cruz.
Pisa-se os dentes de alho em um almofariz com sal e gindungo até formar uma papa.
Misture bem o azeite à papa e barra-se todo o cabrito.
Regue com o sumo do limão e fica neste tempero de um dia para o outro.
No dia leve ao forno em um tabuleiro para assar e vá refrescando de vez em quando com o vinho branco.
Depois de corado retire o tabuleiro do forno e sirva acompanhado de batatas fritas Chips (às rodelas).