domingo, 12 de outubro de 2008

Dilúvio parte - I

O gelo do Árctico diminuiu este ano para o menor nível registrado desde o início das medições por satélite, na década de 1970, mantendo a tendência provocada pelo aquecimento global, inclusive com causas humanas, afirmaram cientistas recentemente que a redução foi tamanha que no Artico, a chamada Passagem Noroeste, normalmente coberta de gelo, foi aberta pela primeira vez desde que se tem lembrança; permitindo que barcos navegassem por essa rota do Atlântico para o Pacifico e vice-versa. Mediante este fenómeno do mar no mundo, suspeita-se que possa subir duas vezes mais neste século do que os cientistas da Organização das Nações Unidas haviam previsto. Estudos anteriores apontam que há mais de 100 mil anos, foi a última vez em que a terra ficou com esta temperatura. Com a actual tendência pensa-se que a longo prazo reflectir-se-á numa subida da àgua que irá de 0,80 a 1,6 m. A frequência dos desastres naturais relacionados com as mudanças climáticas vem aumentando, principalmente as enchentes, em relação à média registrada entre 2000 e 2006. Segundo um relatório tornado público pela Organização das Nações Unidas (ONU), das 197 milhões de vítimas por desastres naturais, 164 milhões foram por inundações. A Ásia foi, novamente, o continente mais afetado pelas catástrofes naturais, verificadas no ano passado incluindo seis inundações, estas foram os únicos desastres que aumentaram de maneira significativa. Também no mar Mediterrâneo nível poderá aumentar 50 cm nos próximos 50 anos devido aos efeitos do aquecimento global, alertou um estudo do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO).


Uma grande análise sobre temperatura, nível do mar e salinidade do Mediterrâneo desde o século XX até os dias de hoje foram reunidas no livro Mudanças Climáticas no Mediterrâneo Espanhol, apresentado em Madrid. A principal conclusão é que a área sofreu um "considerável aumento da temperatura da água e do ar desde a década de 70, assim como uma rápida ascensão do nível do mar desde a década de 90". O documento analisa dados oceanográficos e atmosféricos que vêm sendo recolhidos sistematicamente pelo IEO e por outras instituições espanholas. O aumento de 0,8°C das temperaturas médias do ar na região mediterrânea entre 1974 e 2005. Ele acrescentou que, de 1992 até 2005, já foi registrado um aumento do nível do mar de 16 cm.



O aumento das temperaturas das águas de superfície do Oceano Atlântico Norte é a origem do aumento de 40% no número de furacões registrados nos últimos anos, indica. Os especialistas em climatologia permanecem divididos sobre as ligações entre aquecimento global e ciclones, cujo número se mantém estável mas com intensidade que parece aumentar, como mostram os danos provocados pelo Nargis em Mianmar. "Temos em média 80 tempestades tropicais ou ciclones a cada ano no mundo. No norte do Oceano Índico, estes fenómenos são registrados em média cinco vezes por ano, acrescentou. "Porém, temos constatado nos últimos 30 anos um aumento do número de ciclones de categorias 4 e 5 acompanhados de ventos de mais de 200 km/h", Observaram-se variações no ar armazenado em cilindros de gelo obtidos na Antártida. Concentração de dióxido de carbono é quase 30% maior hoje do que no resto do período. A concentração de gases do efeito estufa na atmosfera é mais alta actualmente do que em qualquer momento dos últimos 800 mil anos, no mínimo. É o que afirma um estudo divulgado, e realizado com base em amostras de gelo da Antártida, sendo mais uma prova de que a humanidade está alterando o clima do planeta. O dióxido de carbono e o metano presos nas pequenas bolhas de ar de camadas antigas de gelo, encontradas a 3.200 metros de profundidade abaixo da superfície da Antártida, acrescentam 150 mil anos a mais de dados aos registros que se estendiam até então a 650 mil anos atrás.

-A drástica redução do gelo árctico preocupa cientistas.."
-Oceanos podem subir duas vezes mais que previsto.
-O Aquecimento do planeta: aumenta a desregulação do clima e descaracterização das estações.
-Aquecimento global aumenta violência de ciclones e outros desastres naturais em 40%.
-Nível de gás carbónico na Terra é o maior em 800 mil anos, diz estudo.


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