Uma grande análise sobre temperatura, nível do mar e salinidade do Mediterrâneo desde o século XX até os dias de hoje foram reunidas no livro Mudanças Climáticas no Mediterrâneo Espanhol, apresentado em Madrid. A principal conclusão é que a área sofreu um "considerável aumento da temperatura da água e do ar desde a década de 70, assim como uma rápida ascensão do nível do mar desde a década de 90". O documento analisa dados oceanográficos e atmosféricos que vêm sendo recolhidos sistematicamente pelo IEO e por outras instituições espanholas. O aumento de 0,8°C das temperaturas médias do ar na região mediterrânea entre 1974 e 2005. Ele acrescentou que, de 1992 até 2005, já foi registrado um aumento do nível do mar de 16 cm.
O aumento das temperaturas das águas de superfície do Oceano Atlântico Norte é a origem do aumento de 40% no número de furacões registrados nos últimos anos, indica. Os especialistas em climatologia permanecem divididos sobre as ligações entre aquecimento global e ciclones, cujo número se mantém estável mas com intensidade que parece aumentar, como mostram os danos provocados pelo Nargis em Mianmar. "Temos em média 80 tempestades tropicais ou ciclones a cada ano no mundo. No norte do Oceano Índico, estes fenómenos são registrados em média cinco vezes por ano, acrescentou. "Porém, temos constatado nos últimos 30 anos um aumento do número de ciclones de categorias 4 e 5 acompanhados de ventos de mais de 200 km/h", Observaram-se variações no ar armazenado em cilindros de gelo obtidos na Antártida. Concentração de dióxido de carbono é quase 30% maior hoje do que no resto do período. A concentração de gases do efeito estufa na atmosfera é mais alta actualmente do que em qualquer momento dos últimos 800 mil anos, no mínimo. É o que afirma um estudo divulgado, e realizado com base em amostras de gelo da Antártida, sendo mais uma prova de que a humanidade está alterando o clima do planeta. O dióxido de carbono e o metano presos nas pequenas bolhas de ar de camadas antigas de gelo, encontradas a 3.200 metros de profundidade abaixo da superfície da Antártida, acrescentam 150 mil anos a mais de dados aos registros que se estendiam até então a 650 mil anos atrás.
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