quarta-feira, 14 de julho de 2010

"O MiG - 31 ' Firefox"







"O MiG - 31 ' Firefox", Esta aeronave criou grande receio no mundo ocidental, aquando o seu aparecimento (década 80), devido tremendo desempenho relativamente às suas performances. Esta evolução foi obtido a partir de um grande esforço da industria aeronáutica russa; quanto ao seu design e a sua capacidade na razão velocidade/altitude. No entanto Faltaram algumas capacidades de manobra em velocidades de intercepção, dificuldades de voar em baixas altitudes, também e seus ineficientes motores turbojato resultam em séries combate muito curtas em velocidades supersónicas. Bem como a sua concepção aerodinâmica pouco equilibrada, por ser esguio e de linhas rígidas, que contribuem para a sua pouca manobrabilidade.
O MiG - 31 FF consegue atingir velocidades de Mach 3,5 redlined,embora os pilotos tenham sido instruídos a não ultrapassar o Mach 2,5 a fim de preservar os motores.

Ainda um outro desenvolvimento importante nesta aeronave foi a introdução de um radar avançado capaz de tanto olhar para cima e olhar para baixo envolvimento ( localização de alvos acima e abaixo da aeronave) , bem como rastreamento de alvos múltiplos. Este último deu aos soviéticos um interceptor capaz de envolver os invasores ocidentais provavelmente à longa distância. Também reflete uma mudança de política da dependência intercepção terreno controlado (GCI) para uma maior autonomia para as tripulações de vôo.

Mar Encantado


Mar encantado,
De multidão perdida,
Tronco curvado,
Maré esquecida,
Barco sem rumo,
Sem vida lá dentro,
Passa o prumo,
Foge do vento,
Rebenta vulcão,
Foge a maré,
Pula coração,
Fugindo a pé.

Por: António Jesus Batalha.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O MABOQUE




Para quem não tem ideia do que seja isso, é um fruto bravo de Angola, acabei por comprar esta fruta para provar depois de várias vezes me ter sido oferecida para comparar (em vendas de rua), pude comprovar que o fruto é muito gostoso e de sabor agridoce bem característico, não se iguala a nada, a sua casca é dura, uma espécie de coco seco, dentro dele tem sementes bem carnudas.

Segundo me relataram é o alimento predilecto de algumas espécies de macacos; eles fazem um pequeno furo na casca, e bebem o seu suco bem consolados, depois por fim comem o seu interior de sementes.

O MABOQUE, Strychnos spinosa, Lam. , é uma planta indígena da África tropical e subtropical e produz excelentemente nos planaltos do sul de África. Produz fruta suculenta, doce, de cor amarela-alaranjada que contem sementes acastanhadas, duras e bastante numerosas. As flores brancas-esverdeadas crescem nas extremidades dos ramos florais (Setembro/Fevereiro. Os frutos estão maduros da época chuvosa. O fruto é esférico, liso, duro, é grande e verde (antes da maturação), tornando-se amarelo-alaranjados quando maduros. No interior do fruto estão as sementes firmemente embaladas cercadas por uma cobertura carnuda, comestível.

Nasce espontaneamente na zona de planaltos e suporta geadas ligeiras, daí que possa pensar-se que poderá adaptar-se bem por aqui em Portugal.

Os animais tais como os macacos, o porco selvagem, o nyala e o eland comem a fruta. As folhas são uma fonte popular de alimentação para animais de grande porte tais como o duiker, kudu, impala, steenbok, nyala e elefante. As flores são polinizadas essencialmente por insectos sendo portanto uma polinização entomófila.



Distribuição

Esta planta cresce e vegeta apenas em solos bem drenados. Encontra-se em todo o planalto central de Angola.



Usos

• A madeira das suas arvores (Mamboqueiro), é usada na carpintaria (mas apenas em construções muito pequenas e específicas): Punhos ou braços de instrumentos, varas de combate e a construção de alguns instrumentos musicais como, por exemplo, como é o caso do instrumento musical chamado marimba.

• A fruta pode ser usada como fonte alimentar suplementar dos povos rurais.

• Na medicina.

• Curiosamente esta espécie tem sido introduzida em Israel com um forte potencial de produção de fruta comercial.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cerveja N´gola



N’gola é mais uma das cervejas Angolanas, de excelente qualidade, talvez diferenciada por ser fabricada com água captada na nascente da fenda da Tundavala. Só muito recentemente provei um destes exemplares, já que não se encontra com facilidade em Luanda. Já á algum tempo tinha ouvido falar nesta cerveja que muitos diziam que se chamava Cuca e que era diferente precisamente pela diferença da agua. Existe a variedade normal (clara) e preta esta ultima, uma recente aposta da marca, tem dado ainda mais notoriedade à marca.
Segundo precisou o Director Comercial da fábrica N´gola, Luís Salavisa, o nível de receita química da nova cerveja preta da marca, “enquadra-se dentro dos patamares de todas as cervejas pretas do mundo”, pois, leva três maltes diferentes da cerveja clara e o próprio lúpulo (denominação de um produto adicionado à fabricação da cerveja) também é ímpar em relação aos demais, “daí que vá surgir no mercado um pouco mais cara”. Esta cerveja contraria o normal paladar bastante amargo das cervejas pretas; a N´gola optou por criar uma cerveja diferente, com sabor mais adocicado e que deve ser consumida no tempo mais frio, porque não necessita de estar tão gelada quanto uma cerveja clara.

O slogan “Esta preta é mesmo boa” inscrito no rótulo da garrafa e já está a ser comercializada nos distintos pontos de revenda, como restaurantes e similares.

A fábrica de cerveja N´gola, baseada na cidade do Lubango, província da Huila, a única na região sul de Angola que existe há 34 anos, é das que têm maior notoriedade em Angola. A cerveja é produzida na Huíla (pelo grupo empresarial SAB), sendo uma referência no sul de Angola, onde estão os consumidores mais fiéis. Segundo eles a N’Gola é uma cerveja especial porque é produzida com a água especial que lhe dá um paladar tão diferente.

Nos últimos dois anos, a fábrica N´gola recebeu, consecutivamente, duas medalhas de ouro, anualmente atribuídas pelos grandes centros cervejeiros da Europa, onde concorrem variadas marcas produzidas mundialmente. A cervejeira N´gola, segundo os especialistas, distingue-se pela qualidade do seu produto, fabricado com água captada na nascente da fenda da Tundavala, cem por cento natural e tida como a ideal para a produção de cerveja. Daí a convicção do Director Comercial da empresa: “traremos mais uma medalha de ouro com esta cerveja preta porque ela é mesmo boa”.

Note-se que, na década de 80, a fábrica N´gola tentou lançar no mercado uma cerveja do género, que, contudo, não durou muito tempo. Luís Salavisa conta, com muita nostalgia, que, na altura, “o produto teve uma aceitação muito grande na província de Benguela, quando o intercâmbio entre províncias era feito por colunas militares devido ao contexto de guerra em que se vivia e aquela província só vinha abastecer-se quando na posse de informação de que havia cerveja preta na fábrica”.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Noncha




Mais um fruto tropical! Chama-se Noncha que é pouco apreciado em Angola. Ovalado, com uma pele fina amarelada que se rompe para mostrar a polpa da mesma cor. Não se pode trincar, só chupar e debruçado porque é sumarento como a manga e, se não tivermos cuidado, ficamos com nódoas.
A polpa, que arranhamos com os dentes e sugamos com a língua, depois de perder o sumo perante o ataque, ganha uma consistência parecida com uma esponja seca e aveludada. O caroço nem se vê coberto por essa pelagem, e é grosso.
Tive sorte: a minha primeira experiência com a Noncha foi agradável, pois apanhei uma doce e dizem-me que a maior parte das vezes é ácida. Também não gostam dela, os angolanos com quem falei, porque cheira mal. Este fruto amadurece numa árvore alta com copa larga de onde, ocasionalmente cai. Não sei se os colhedores o apanham do chão ou se trepam pelo tronco e ramos. Quem sobe a palmeiras, tem agilidade para todas as outras alturas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Calulu de Peixe (Identico a moamba de peixe)






Ingredientes:


500 grs de camarão descascado
1 dl de óleo-de-palma
1 kg de garoupa
5 quiabos
2 tomates maduros
2 beringelas
1 raminho de manjerona
sal q.b.
1 folha de louro
piripiri q.b.
2 cebolas
20 grs de farinha

Confecção:


Depois do peixe arranjado e lavado, corta-se às postas não muito finas.
Leva-se um tacho ao lume com a cebola picada, a beringela descascada e cortada às rodelas, o tomate sem peles nem sementes e picado, os quiabos cortados ao meio, piripri pisado, o molhinho de manjerona, a folha de louro, o peixe e os camarões.
Tape o tacho e deixe ferver um pouco.
A seguir adiciona-se água a cobrir e deixa-se cozer.
Quase no fim da cozedura, mistura-se a farinha desfeita num pouco de água, junte esta mistura ao preparado, agite o tacho para misturar e deixe engrossar o molho.
Sirva acompanhado com Angu de Banana (ver receita).